Saudade agride, desconforta, atrapalha.
Mas pior do que saudade seria não ter conhecido você.
Estar esperando sem saber que esperava.
Notar que falta algo que nem chegou ainda. Apressar uma ausência em mim.
Como seria trágico sentir saudade daquilo que preciso e que não experimentei. Uma saudade véspera da saudade. Uma saudade antecipada. Possuir a saudade e não o amor para justificá-la. Sofrer a lacuna, desprovido de uma razão para não enlouquecer.
Uma saudade anônima. Uma saudade inexplicável. Uma saudade inconsciente. Uma saudade que iria doer tanto quanto agora mas sem que eu entendesse o motivo.
Uma saudade esperançosa de passado. Uma saudade sem diagnóstico. Uma saudade quase pressentimento.
Não completaria nenhum texto, andaria até a janela por mera curiosidade, abriria as gavetas a troco de nada, mexeria no celular à toa.
Interrompido de sua vida, distraído de minha vida. Uma cicatriz procurando a ferida.
Triste mesmo quem nunca coincide a saudade com sua paixão. Triste mesmo quem nunca descobre o rosto de sua saudade.
não fui eu que escrevi. não escreveram para mim. este texto é da autoria de fabrício carpinejar, que soube brilhantemente descrever sentimentos e situações que eu nunca consegui traduzir. admiro desde já. pode passar o resto da vida sem escrever nem a lista de mercado que eu vou pagar pau pra sempre!
obrigada alessandra - lelê - siedschlag por ter inspirado esse monumento escrito. *-*
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Fui ao correio. Assim que eu cheguei, começou a chover forte.
Tem 16 pessoas para serem atendidas antes que eu. Daqui 16 pessoas é bom ter parado a chuva, só acho.
Uma atendente querida postou meu pacote. Deu tempo de mandar boas energias dentro do embrulho. !6 pessoas depois a chuva tinha parado e eu me senti uma pessoa muito iluminada. Na rua molhada, o mormaço me abraçou. December rain *_*
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
quando...
quando o guminha virar livro, vou tatuar esse coração central no antebraço, na parte interna.
quando a gente faz uma tatuagem, aprende a responder duas coisas:
doeu?
o que você quis dizer com isso?
doer dói. minha força é maior que a minha dor.
eu quero dizer que só se escreve quem escreve com o coração. que vibra. que deixa pingar sangue na escrita, de tanta entrega. escolhe as palavras, desenha uma história com as letras. fala o que o outro não sabia dizer. se expõe, se desnuda. rasga o peito e diz: lê.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
prozac, rivotril, passalix e outras coisinhas
Soube de um jeito bem inusitado que você está em depressão.
Coisa horrível, para começar a conversa. Eu sei porque já tive, mesmo andando por aí sustentando um sorriso de 1,5m. Sim, dá pra manter as aparências.
Quando soube fiquei confusa: digo oi, pergunto se você tá se tratando? Rio da sua cara? Digo um sonoro "bem feito"? Te chamo para conversar e te digo, sem maldade alguma, que a sua vida é um fracasso, sua esposa tem joelho de gorda e tal? Ofereço colo, carinho e cafuné?
Não vou fazer nada no final da história. Um dia eu soube que você tinha se casado: eu caí doente. Não de frescura, nem de chororô. Eu tive uma pneumonia, simples assim. Depois fui descobrir que naqueles lances que "o corpo fala", doenças no pulmão se relacionam à tristeza. Tá bom para você? Eu, que nunca tive coragem de sair em público de calça de moletom, sempre fui contra "conjuntinho", depois da pneumonia, ainda bem louca de tanto sentimento confuso, saí de calça de pijama na rua. Sem pentear o cabelo. Sem maquiagem. Sem alma. Andei pela rua, encontrei pessoas conhecidas que se assustaram comigo. E você nunca soube disso. Porque eu acho bonito quem é forte. Porque nada mudaria. Porque temos culturas diferentes e sua religião tem certos pontos muito rígidos e pronto.
Estamos no século XXI e ainda sofremos por amor, sofremos por saudade, sofremos por ausência. Sofremos porque calamos diante do que gostaríamos de falar. Tudo isso dói. E eu estou confusa. Não queria que você estivesse triste. De verdade.
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segunda-feira, 8 de outubro de 2012
um pedaço do meu sonho
E eis que o dia chegou.
Levantei e não gostava mais de você. Nenhum pouquinho.
Começou com o Nélson Rodrigues avisando que "todo mundo já amou errado, todo mundo já odiou errado". Eu gostei muito de você, muito mesmo. Delícia dizer isso no passado.
Demorou, tipo uma cirurgia que os médicos saem com caras tensas e o suor escorrendo no rosto, saem dela e dizem aos familiares: "estamos fazendo o possível".
Juro que eu pedi a Deus pra te esquecer. Ele é O Cara e fez a gentileza de tirar você dali, de onde provavelmente não fosse seu lugar.
Não foi na hora que eu quis, as coisas nunca são. Eis que um dia eu me toquei que se eu puxasse conversa com você eu não iria querer saber nada. Ia te dizer oitudobem e fim. Não ia querer saber se tudo bem mesmo. Você talvez já não me importasse.
Aí teve aquilo que eu senti como um último momento. Eu pensei em você. Mas foi com jeito de despedida. Disse tchau dentro de mim. Era a hora que você morria pra mim e eu não entendi direito. Foi sem dor. A dor ficou pelo caminho.
Não gostava mais. Fim. Enfim
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
domingo, 19 de agosto de 2012
faxina
Podia por um nome mais bonito, tipo limpeza. Não, foi faxina mesmo. Brava.
Ela demorou a vir. A programei por um tempo grande, mas como sempre procrastinei. Fui largando pra depois, depois, depois.Tornou-se inevitável. Imprescindível.
Comecei. Tirei tudo do armário. De todos os armários. De todos os cantos.
Tirei coisas. Rasguei coisas. Joguei coisas fora. Me desfiz de pedaços de mim desnecessários.
A roupa que não uso. A foto que não me reconheço. O sapato que não calço mais.
Queria me desapegar também das pessoas. Do sorriso que não veio. Da história não vivida.
Mas pessoas não são coisas. Não dá pra rasgar sentimento e colocar no lixo.
Ela demorou a vir. A programei por um tempo grande, mas como sempre procrastinei. Fui largando pra depois, depois, depois.Tornou-se inevitável. Imprescindível.
Comecei. Tirei tudo do armário. De todos os armários. De todos os cantos.
Tirei coisas. Rasguei coisas. Joguei coisas fora. Me desfiz de pedaços de mim desnecessários.
A roupa que não uso. A foto que não me reconheço. O sapato que não calço mais.
Queria me desapegar também das pessoas. Do sorriso que não veio. Da história não vivida.
Mas pessoas não são coisas. Não dá pra rasgar sentimento e colocar no lixo.
sábado, 4 de agosto de 2012
esquisito
hoje eu estava sonhando. quando acordei continuei a sonhar.
era cedo. "é sábado, não vou sair da cama já."
pensei em você.
pensei em nós.
senti falta desse plural: nós.
queria você aqui, sorrindo.
me deu medo de quando você voltar, pode ser que seja o fim de uma vez. ou um começo, não sei.
me deu um sentimento esquisito. de medo.
medo da rejeição.
medo do não.
medo de não ser como eu quero que seja.
e o medo, eu deveria saber, não vai me levar a lugar algum.
então fiquei assim, com o esquisito sentimento em mãos.
quero você, desde que seja para mim. para nós.
era cedo. "é sábado, não vou sair da cama já."
pensei em você.
pensei em nós.
senti falta desse plural: nós.
queria você aqui, sorrindo.
me deu medo de quando você voltar, pode ser que seja o fim de uma vez. ou um começo, não sei.
me deu um sentimento esquisito. de medo.
medo da rejeição.
medo do não.
medo de não ser como eu quero que seja.
e o medo, eu deveria saber, não vai me levar a lugar algum.
então fiquei assim, com o esquisito sentimento em mãos.
quero você, desde que seja para mim. para nós.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Saber ou não saber
O caso é que a gente sempre quer saber tudo.
Tudo.
Tem coisa que seria melhor não saber.
Não que o segredo valha a pena.
Mas e a verdade vai te fazer bem?
Vai me fazer bem?
As razões de cada um cabem somente a cada um.
E não adianta querer explicar, não adianta escrever, falar, desenhar.
No fim a gente sempre quer saber tudo mas não entende nada.
Tudo.
Tem coisa que seria melhor não saber.
Não que o segredo valha a pena.
Mas e a verdade vai te fazer bem?
Vai me fazer bem?
As razões de cada um cabem somente a cada um.
E não adianta querer explicar, não adianta escrever, falar, desenhar.
No fim a gente sempre quer saber tudo mas não entende nada.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
#nofilter
Quando eu ficar "velha do cabelo branco jogadora de bingo" vou perder o filtro.
Sim, farei isso deliberadamente.
Como quem tomou um porre e saiu falando o que quis. Falarei o que eu quiser.
Vou ser indesejada, muitas vezes. Talvez minha nora me deteste. Ok, todo bônus tem um ônus. Talvez meus netos me provoquem para que eu diga besteira. E eu direi.
Contarei histórias que eu vivi. Eles acharão que é mentira e vai tudo para a conta do folclore.
Não ter filtro é libertador. A gente não conta para um amigo que ele quebrará a cara. Pensa na situação: "Oi querido, negócio é seguinte...você foi chifrado por ela e será novamente, isso é claro e óbvio.". Nunca mais ele me ligaria e eu ainda ganharia o apelido de recalcada (tá com inveja do meu amooooooooor). Sem filtro, tudo bem. Eu falo, ele ouve e define o que fará da vida.
"Não amiga, ele não tá trabalhando muito. Para te dizer oi demora nem 5 segundos. Ele não está interessado". Minha amiga ficaria furiosa e ia sair pisando dura. Mas quando eu for - deliberadamente- caduquinha, tudo bem sempre. Me chamarão para festas, da mesma maneira que chamam hoje. Meus sobrinhos de longe perguntarão às mães se aquela tia que fala asneira vai na festa. Eu irei. Eu falarei asneiras. Ou realidades travestidas de besteiras. E todos seremos felizes.
*_*
domingo, 29 de julho de 2012
eis que eu não posso te falar essas coisas
Eis que eu não posso te falar essas coisas...mas elas estão doendo.
É domingo, julho e mesmo assim o dia está lindo e há um solzão lá fora. São quase 16h30min e eu deveria estar fazendo uma porrada de coisas do meu trabalho, mas eu sou procrastinadora e fico olhando sua página naquela rede social.
Sim, fico ali parada, admirando seu sorriso. Não, eu não deveria fazer isso.
Deveria me concentrar no que eu tenho para fazer, ou ir chupar um picolé no parque. Mas fico aqui, parada, te olhando na fotografia.
Abaixo dessa foto alguns comentários. Alguns bacanas, de gente amiga incentivando a fazer coisas boas. E umas trouxas dizendo que você é lindo. Pior, que está lindo.
Sim, é ciúme. Sim, elas são trouxas e eu não posso te dizer isso.
Quando você estava mal, mal, mal de querer se jogar embaixo de um ônibus você estava lindo para elas?
Quando você mal podia falar porque estava chorando horrores e se engasgava nas próprias lágrimas, você estava lindo para elas?
Quando o mundo parecia um buraco escuro e nada mais parecia ter importância nenhuma, quem estava perto? Perto do coração?
Pois é, não posso te dizer nada disso.
Você pode achar cobrança.
Você pode achar idiotice.
Você achar verdade pode doer.
Portanto continuo quieta.
Torcendo por você. Querendo você perto, mesmo quando você está bem longe.
É domingo, julho e mesmo assim o dia está lindo e há um solzão lá fora. São quase 16h30min e eu deveria estar fazendo uma porrada de coisas do meu trabalho, mas eu sou procrastinadora e fico olhando sua página naquela rede social.
Sim, fico ali parada, admirando seu sorriso. Não, eu não deveria fazer isso.
Deveria me concentrar no que eu tenho para fazer, ou ir chupar um picolé no parque. Mas fico aqui, parada, te olhando na fotografia.
Abaixo dessa foto alguns comentários. Alguns bacanas, de gente amiga incentivando a fazer coisas boas. E umas trouxas dizendo que você é lindo. Pior, que está lindo.
Sim, é ciúme. Sim, elas são trouxas e eu não posso te dizer isso.
Quando você estava mal, mal, mal de querer se jogar embaixo de um ônibus você estava lindo para elas?
Quando você mal podia falar porque estava chorando horrores e se engasgava nas próprias lágrimas, você estava lindo para elas?
Quando o mundo parecia um buraco escuro e nada mais parecia ter importância nenhuma, quem estava perto? Perto do coração?
Pois é, não posso te dizer nada disso.
Você pode achar cobrança.
Você pode achar idiotice.
Você achar verdade pode doer.
Portanto continuo quieta.
Torcendo por você. Querendo você perto, mesmo quando você está bem longe.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
***cheiro***
Cheiro da cidade de destino quando o avião abre as portas.
Cheiro de churrasco quando a fome aperta.
Cheiro de banho tomado quando acaba o dia.
Cheiro de café feito na hora.
Cheiro de bolo assando.
Cheiro de perfume bom.
Cheiro de nenêzinho novo.
Cheiro de roupa lavada.
Cheiro de terra molhada.
Teu cheiro em mim.
Cheiro de churrasco quando a fome aperta.
Cheiro de banho tomado quando acaba o dia.
Cheiro de café feito na hora.
Cheiro de bolo assando.
Cheiro de perfume bom.
Cheiro de nenêzinho novo.
Cheiro de roupa lavada.
Cheiro de terra molhada.
Teu cheiro em mim.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
***bye bye my dear cell phone***
Sábado estive numa festa bacana. Vou sempre lá, pessoas do bem circulam por ali. Nesse dia alguém nem tão do bem entrou e resolveu roubar o celular de algumas pessoas. A história é basicamente sobre isso.
Eu tava lá, bem feliz. Dancei, cantei, sorri. Quando fui usar meu celular, ops cadê? Nada. Nem fiquei muito tensa. Já vi outras pessoas perderem e acharem seus celulares e outras coisas por ali. Fui até um segurança e expliquei o que eu achei ter acontecido. Ele pediu pra eu esperar ali. Dentro da minha cabeça ainda não tensa, achei que ele voltaria com uns dois aparelhos e perguntaria qual o meu. De fato ele voltou e me chamou pra ir perto da entrada. Chegando lá uma mulher enfiava o dedo na cara de um rapaz todo errado.
-Você me roubou!
-Prova.
-Eu percebi cara!
-Se você me acusar de novo eu te processo.
Pronto. Bum. Caí na real: não perdi nada, não acharia nada. O cara entrou e roubou. Roubo feito, passou tudo adiante e estava ali, todo sapequinha vomitando direitos. Sim, ele tinha direitos e sabia todos decoradinho. Os seguranças pediram que ele entrasse numa sala e esperasse, ele berrou que era cárcere privado. Detalhe: diferente de muitas casas noturnas, onde pessoas de terno e gravata se acham num octógono em noite de UFC, ali todo mundo foi tranquilo, de boa. Me avisaram que não poderiam colocar a mão nele, nem nada, mas que a polícia estava chegando. Me ofereceram água, coca-cola, cerveja e cigarro. Eu queria meu telefoninho.
Foi me dando uma tristeza tão grande que eu abri o bocão. Bem aberto...

Não pelo valor do objeto em si. Não por nada. E por tudo.
Me senti bem um nada. Era pra estar lá, me empolgando com alguma música, não ali.
Minhas fotos.
Meus vídeos.
Minha agenda.
Estava incomunicável.
Sem internet na palma da mão.
Sem sms com seu sininho feliz quando chega.
Sem minhas músicas.
Meu aplicativo que me faz dormir. Tá, quem tem sono dorme de qualquer jeito. Mas é meu momento mimimi.
Ciente que o combo rímel+lápis+delineador+lágrimas fica um desastre, pedi pra sentar nos guichês de entrada. Antes o tal ladrão queria saber por que eu tava chorando. Se eu ainda tivesse meu telefone, tinha quebrado na cabeça dele. As pessoas vinham comprar ficha comigo:
-Moça, me dá 30 reais de ficha?
-Deixa eu sofreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer.
E sofria. Bem drama queen.
Tomei uma água. A polícia veio, a polícia foi. Me deram um e-mail pra contato com a casa e números de telefone pra eu procurá-los na segunda-feira.
Entrei, encontrei meus amigos e fui sentar num camarote. Estranho ser espectadora dentro de um lugar onde a grande maioria está feliz. Estranho não saber o número do telefone de ninguém.
Na segunda-feira, emenda de feriado, fui à loja da operadora do celular, pegar o chip com meu número, pra poder reativar a linha. Sistema fail. Mais um dia de silêncio. E a besta do ladrão nem ganhou nada - acho - com isso. O telefone foi bloqueado, não tem como usar o aparelho. Tudo perda de tempo.
Aí acho que acaba sendo aquele processo de acreditar que ainda bem que eu nem vi, que ainda bem que só foi isso, que ainda bem que blá blá blá. No fim deve mesmo ter algum propósito tudo isso.
Terei outro aparelho. Minha linha está ok. Estou anotando os telefones de novo.
Não sei terminar essa história de roubo, não havia sido roubada antes.Fiz o B.O. e a qualificada fui eu. Tá lá que eu sou loira,tenho um documento legal provando isso.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
***armando***
Ela conheceu o Armando numa festa. A amiga estava andando por aí e ela desencontrou, curtindo uma música velha. Ele passou, se olharam, riram e do nada já eram muito próximos. Não tem como explicar ou tentar racionalizar: tem coisas que simplesmente acontecem, como se escritas há muito tempo, esperando serem lidas. Muita afinidade, muita alegria...quem disse que noite feliz é só no Natal?
A noite virou dia, que virou noite de novo, que virou dia, que virou noite... nessas noites e dias se falam demais, muitas vezes e por conta de coisas inimagináveis. Criaram coisas, imaginaram coisas, viveram coisas, sonharam coisas, escreveram coisas, comemoraram coisas. Grude eterno de mentes com lembranças.
Um dia ela precisava escrever algo sobre amizade. Sugeriram que escrevesse sobre Armando.
-Não.
-Mas vocês não são amigos?
-Não. - entenda-se que não se trata de um não-negativo e sim de um não-sorriso. Sim, diga não sorrindo e você entenderá.
- São o que? Vocês se falam todo dia. Aliás certeza que você conversa mais com ele do que comigo!
- Não, amigo não.
-Caso?
-Caso é coisa anos 70, meio amante que cheira perfume doce. Não.
- O que então?
Ela não sabia o nome do que era. Queria se fazer entender, mas a colega em questão não compreenderia.
Pensou nele, seriamente.
Entendeu algumas coisas, refletiu sobre outras, desencanou de nomear.
O Armando não se define:se é.
Ele não é gente, é um estado de espírito.
É riso de bobeira, uma voz grave muitas vezes atropelada pelo raciocínio rápido demais.Armando é a ansiedade em ser feliz.
É água e vento, é sol num dia azul. É a blusa molinha que se amolda ao corpo no dia frio. É cheiro de pessoa, carne sem perfume comprado. Só Armando cheira Armando.
É brisa, é o além do que se vê. É sintonia absurda de pensar igual, exatamente igual e dizer muitas coisas ao mesmo tempo.
É o sorriso enorme, tênis no pé e o pé na estrada.
É samba, é praia, futebol e carnaval. É a música melada que toca e a gente decora logo.
É o olho brilhando, o dia raiando, o longe que é perto. É o beijo bom e o abraço forte.
É preguiça e agitação. O lá e o aqui. Televisão ligada, conectado, antenado. E também alheio a tudo.
Não promete nada, não combina nada e lá está. Armando é e só.
- Ele não é meu amigo. Ainda não inventaram um nome pra o que ele é.
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terça-feira, 17 de abril de 2012
***passou, passou...***
andei angustiada. não sei dizer a razão exata, tem só umas pistas.
problema todo mundo tem e acredito que eles existem pra ensinar, nos fortalecer.
de vez em quando o treino é pesado, mas eu dou conta.
surtei sozinha no quarto escuro. imaginei coisas ruins. chorei por nada que passava na tv.
depois dormi. sonhei. acordei inchada. óculos escuros tão aí pra que né?
e saí. respirei outros ares. vi as pessoas. conversei. passou, passou.
igual criança que chora, uma hora para. parei.
vou ali ser feliz de volta.
obrigada pra quem é amigo e me ouve.
problema todo mundo tem e acredito que eles existem pra ensinar, nos fortalecer.
de vez em quando o treino é pesado, mas eu dou conta.
surtei sozinha no quarto escuro. imaginei coisas ruins. chorei por nada que passava na tv.
depois dormi. sonhei. acordei inchada. óculos escuros tão aí pra que né?
e saí. respirei outros ares. vi as pessoas. conversei. passou, passou.
igual criança que chora, uma hora para. parei.
vou ali ser feliz de volta.
obrigada pra quem é amigo e me ouve.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
***meu Deus, como você é burro!***
Sim,bem burro. Mas não dá pra exigir tudo de todo mundo e a velha máxima de cada um dá o que tem.
Eu vivi razoavelmente essa vida e hoje creio ter vivido outras, com outra casca. Portanto, deu pra aprender um bocado de coisas. Uma delas foi não magoar as pessoas por burrice. Por falar coisas que não precisam ser ditas.
Tem horas que a boca fechada é um bálsamo. Ninguém quer mentiras, mas algumas verdades estão implícitas.Não as diga. Eu poderia dizer as minhas também.
Você me machuca.
Você se machuca.
Entre mortos e feridos às vezes não sobra ninguém.
Eu vivi razoavelmente essa vida e hoje creio ter vivido outras, com outra casca. Portanto, deu pra aprender um bocado de coisas. Uma delas foi não magoar as pessoas por burrice. Por falar coisas que não precisam ser ditas.
Tem horas que a boca fechada é um bálsamo. Ninguém quer mentiras, mas algumas verdades estão implícitas.Não as diga. Eu poderia dizer as minhas também.
Você me machuca.
Você se machuca.
Entre mortos e feridos às vezes não sobra ninguém.
sexta-feira, 23 de março de 2012
***fome de escrever***
tenho escrito muito e achado bom.
meu blog, do guminha lindo, do segundo ano e do terceiro também. fora as minhas coisas, e-mails, listas, pensamentos. me ajuda. me faz bem.
é das palavras que eu vivo.
são elas que pagam meu morar, meu vestir, meu ir e vir.
quando eu choro, mais fácil chorar letras do que lágrimas.
quando feliz escrevo também.
meu blog, do guminha lindo, do segundo ano e do terceiro também. fora as minhas coisas, e-mails, listas, pensamentos. me ajuda. me faz bem.
é das palavras que eu vivo.
são elas que pagam meu morar, meu vestir, meu ir e vir.
quando eu choro, mais fácil chorar letras do que lágrimas.
quando feliz escrevo também.
quinta-feira, 8 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
guminha
acessem!!!
www.gumaarte.blogspot.com
projeto literário-cultural-multicoisas pra trazer o guminha lá de dentro pro lado de fora.
www.gumaarte.blogspot.com
projeto literário-cultural-multicoisas pra trazer o guminha lá de dentro pro lado de fora.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
*** a vida não é filme e você não entendeu ***

*** e aí que você conhece uma pessoa e fica bem feliz com isso. vocês conversam, descobrem afinidades, riem juntos, tudo é muito legal. aí o tempo corre demais ( há teorias que dizem que na verdade vivemos 16 horas no lugar das esperadas 24...), vocês se unem rapidamente e se distanciam na mesma velocidade. ou um só se distancia. aí dói pra quem ficou. muito.
a gente sempre acha que a grama do vizinho tá mais verdinha. e vai embora.
a gente sempre acha que a bola do outro é mais redonda. e vai embora.
a gente sempre acha tanta coisa do outro e nada de si. e vai embora.
aí a vida é bacana e feliz como uma tirinha em quadrinhos. começo, meio e fim. a história toda contada rapidinho e você sorri no final. é uma gracinha, mas eu quero mais.
eu quero uma história longa e saborosa, uma tirinha de muito mais que três quadros. quero rir junto. dar beijo de boa noite. andar de mão dada. sair pra dançar. ficar perto sem precisar dizer nada. dizer muito. ouvir muito. ser. estar. permanecer. ***


Marcadores:
amor,
e quero que você venha comigo,
tirinha
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
*** carnaval ***

***boy magia, dirigente da Império da Casa Verde, invade a área destinada aos jurados, rasga as notas e sai correndo***
pra mim foi umas das coisas mais legais. juro. quem nunca teve essa ideia?
o cara foi preso, moralistinhas se envergonham e eu acho graça. de verdade.
pra mim é isso: transgressão, alegria, movimento. molecagem e brasilidade. chamaram o cara de vândalo. teve quem botasse fogo em escola alheia - aí sim já é demais. pra mim ele foi meninão, felizão ( ou infelizão no caso, porque bateu revolta e ele resolveu do jeito que achou que ele tinha que resolver).
querido tiago ciro tadeu faria: aparece na receita federal e pode rasgar tudo o que me envolva. acho bem injusto eu pagar tanta taxa. rasga sem dó. pode rasgar também qualquer carta triste que eu tenha recebido um dia e se você tiver habilidade, delete meus e-mails dessa natureza. tks seu lindo!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
***solução sim***
***você tá aí vivendo, cuidando de coisas simples, indo e vindo pelo mundo. tudo muito bom, tudo muito bem e eis que uma coisinha bem simples e pequenina destrói a possibilidade de felicidade terrena. isso acontece sempre, as coisas voltam pro lugar e você volta a ser feliz ( ou quase).
estava eu vivendo exatamente essas indas e vindas e coisinhas simples quando meu celular resolveu não mais tocar. sim, me ligavam, o caso não era solidão. o caso era mutismo.
deixei todo mundo louco. estávamos na praia, comigo estavam três crianças e mais 6 adultos e ninguém foi capaz de descobrir o que acontecia. detalhe: 3 eram médicos, 2 dentistas e além de mim, outra professora, pessoas reconhecidas como intelectualmente capazes. nada. silêncio.
-configura o ajuste!
-não é no som?
- ué, mas ele toca música, por que não toca quando a gente liga?
- não tá no modo avião?
- leva na assistência.
foi me dando uma tristeza profunda. de verdade.
sou dramática.mesmo.
aí que eu passei todo o carnaval velando meu celularzinho que imaginei nunca mais tocar me avisando das ligações, mensagens e notificações. quase coloquei preto e um véu na cabeça e fui chorar na quarta de cinzas.
e assim como quase tudo na vida, o problema era tão pouco, de solução tão fácil que eu me senti uma trouxa quando vi o que era: fui com o adriano (melhor amigo ever, compadre, irmão e tudo mais que usamos pra dizer que essa pessoa é bacana, especial e leal ) ao shopping e contei meu drama. ele olhou o celular, mudou um botãozinho e pronto. muito simples, como tudo na vida. a gente é que tem mania de complicar.***
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
***prazo***
ganhei um prazo da ju hoje.
escrevi aqui pra não esquecer.
podeira marcar no meu celular, mas eu ando quebrando as coisas.
aqui está: não esqueça:
eu tenho 6 meses: 20 de agosto, no máximo.
escrevi aqui pra não esquecer.
podeira marcar no meu celular, mas eu ando quebrando as coisas.
aqui está: não esqueça:
eu tenho 6 meses: 20 de agosto, no máximo.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
***bárbara menina***
***era uma vez uma menina grande, de olhos espertos e cílios enormes. viva, inteligente, com histórias bacanas pra contar. namorava, estudava, trabalhava, cumpria funções de filha, de irmã, de amiga...uma vida que alguns consideram normal.
como todo mundo, às vezes as noites dela se tornavam mais escuras, pesadas e difíceis de serem atravessadas. bárbara nem sempre sabia da onde vinha essa angústia e como dar conta de fazê-la sumir. conviver com um bicho desses é tarefa complicada que exige remédio e análise. ou um abraço apertado e umas verdades bem ditas. nessas noites, creio eu, ela se esquecia que era luz e alegria na vida de muitas pessoas. uma pessoa que fazia a diferença, que tornava o ambiente mais colorido e vivo. sim, ela trazia consigo um tremor de terra instantâneo. uma vez cismou de implicar com um professor, coisa de menina boba e imatura. pois ela fez um senhor estrago, causou confusão e falatório. como quando deu uns beijos no cinema e virou assunto, fofoca e buchicho.eis que a bárbara menina grande não sabia, muitas vezes, que era linda e forte, guerreira, carinhosa e durona, menina-mulher, que sabia saborear o doce-amargo da vida. sim minha bárbara, a vida é amarga, é azeda, é salgada, é doce, é insossa também.
o que aquela menina não sabia é que era só uma noite escura: a vida era muito maior. e que mesmo essas noites ensinam, mesmo que não saibamos a lição ainda, que o entendimento demore.
vai ser feliz, barbaramente feliz!***
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
***sobre nós***
***e aí que eu peguei meu coraçãozinho meio cambaleante e o coloquei pra bailar. dois pra lá dois pra cá. de cambalear bambeaou e então encarou-me. ainda tínhamos uma chance: uma chance de fugir.
eu fui dura com ele e disse que fosse. como uma criança que solta devagarinho a mão da mãe no primeiro dia de aula, primeiro ele pisou leve e como se olhasse pra mim pra verificar se eu estaria ali caso necessário , seguiu seu caminho.
de bater o coração cansou. voltou logo, chorando pro meu colo, pedindo afago e reclamando de detalhes.
nós tivemos uma conversa bem longa. chegamos a conclusão que precisávamos entrar em acordo.
sim: um dia quero estar numa sala toda enfeitadinha, preparada para receber as pessoas com flores, fotos e alegria, algo sendo feito no fogãozinho...lá fora tanto faz ser dia ou madrugada. num sofá macio, umas almofadas bacanas e o controle remoto perdido por ali. ambos, meu coração e eu, concordamos que seria bem feliz isso.
na bancada do banheiro, as escovas de dente juntas no copo, gritando nossa intimidade de falar com a boca cheia de pasta pela manhã, contando coisas e rindo do dia que nem começou direito. essa parte deixou meu coração mais entusiasmado que eu, ele se empolgou com a história de tomarmos um café preto, com gosto de beijo e aquela preguicinha boa que dá depois de ler o jornal na cama. a gente ia procurar coisas legais pra fazer, disse eu ao coração. ele, qual criança que se anima com doces, enxugou o cantinho do olho, ainda marejado.
a gente pode não fazer nada também, passarmos o dia ali...lendo, cozinhando comidinhas boas, a cerveja gelada que eu ia fazer questão de buscar. ou podíamos ir pro mar. é, mar é ótimo, impossível não sorrir diante do mar. quero estar lá toda , inteira, serena.
quero olhar a cidade à noite também, ver as luzinhas piscando ao longe, adivinhar nas casas quem está contente.na verdade a gente queria estar contente ao lado de alguém bem bacana. tem que ter voz mansa e histórias pra contar.
nós íamos cuidar bem dele. era só deixar...cuidar e ser cuidado. ouvir e ser ouvido.
ser riso.
sorrisos.
sem siso.
concisos.
sonhos e cotidiano. ***
A DIFERENÇA ENTRE NÓS
NÃO É A CIDADE,
NÃO É A IDADE
NEM TAMPOUCO A HORA DE DORMIR.
A DIFERENÇA É QUE EU SOU ABSURDAMENTE FELIZ. E VOCÊ, NÃO.
NÃO É A CIDADE,
NÃO É A IDADE
NEM TAMPOUCO A HORA DE DORMIR.
A DIFERENÇA É QUE EU SOU ABSURDAMENTE FELIZ. E VOCÊ, NÃO.
Marcadores:
a saber,
achei que era coca mas era pepsi sem gás,
verão. é quinta
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
*** a saber ***
josé colocou
uma roupa de
pirata que eu
comprei pra ele
disse que vai se
vestir assim
diariamente
daqui por
diante
interno ou
compro um
navio?
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
***segunda feira 13***
dia enroscado. meio que nada se resolveu direito.
nada desfeito e nada acertado.
nada morno me interessa
domingo, 12 de fevereiro de 2012
saber
e daí que venho notando que lindas possíveis histórias de amor tem a vida curta.
sim, são bem pequeninas e voláteis.
o amor acabou? a forma de amar mudou?
credito ao fim rápido ao conhecimento. antes não se sabia, não se conhecia. a possibilidade do saber destrói. sim, você tem acesso ao pensamento do outro e esses pensamentos nem sempre são como você gostaria ou imaginaria. aí você se decepciona. e dói. você sofre, chora e vai viver.
a ignorância é uma benção...é?
sim, são bem pequeninas e voláteis.
o amor acabou? a forma de amar mudou?
credito ao fim rápido ao conhecimento. antes não se sabia, não se conhecia. a possibilidade do saber destrói. sim, você tem acesso ao pensamento do outro e esses pensamentos nem sempre são como você gostaria ou imaginaria. aí você se decepciona. e dói. você sofre, chora e vai viver.
a ignorância é uma benção...é?
sábado, 11 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
***na rua***
Ele tinha cabelos bagunçados, uma tatuagem que precisava de retoque e um jeito manso. Ela tinha uma filha, olhos azuis e coxas grossas. E apesar das aparências, o jeito dela não era nada manso.
Se encontraram pela cidade. “Me disseram que eu ficava com você, mas era um cara com um apelido que acharam parecido com o seu. Cansei de dizer que não, acho melhor a gente ficar e acabar com esse mal entendido”. Ele riu e a levou para casa. O vizinho resolveu se vingar do mundo e estava no meio da rua, com um pedaço de pau. Ela bem quis que o vizinho fosse morar no inferno.
Não se viram por anos. Numa noite de carnaval, ela se encantou pelo sorriso dele. Amanheceram juntos e separadamente seguiram seus caminhos. Até se encontrarem de novo. Um beijo escondido, telefones trocados e algumas conversas depois, ele disse que dormiria na casa dela. Ela, sem juízo algum, concordou. Na metade de uma garrafa de vinho ele a levou para o quarto. A beijou de leve, a beijou com vontade, a beijou muito. Sintonia. No dia seguinte ela chegou atrasada na pós-graduação. Ele se despediu com um beijo: sabiam que seria assim...sereno.
Às vezes se irritavam mutuamente, como um código. Ele dizia que ia casar com uma russa. Ela com um espanhol. O celular dele sempre tocava na hora errada: isso a irritava de fato. Às vezes ele mandava um recadinho pedindo isso ou aquilo: ela invariavelmente atendia. Um dia ela começou a gostar dele. Ele sumiu. Ela achou melhor parar de gostar. Às vezes ela tem uma recaída.
Sempre que se encontram ele bagunça os cabelos dela. Sempre que se encontram ela geme o nome dele...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
***calor***
anda todo mundo reclamando de quão quente está.
eu não: eu amo. sou do sol, do verão, da roupa pouca e da alma muita. da cerveja gelada e do coração quente.
acordei essa quase manhã e tinha uma lua clara e brilhante acima do meu prédio. ela estava atrás das grades do andar de cima. terrível acordar e ver a lua presa. nem consegui mais dormir direito pensando na lua presa e na possibilidade de soltá-la desta prisão somente dos meus olhos.
e descobri que meu amor pelo tempo quente está na liberdade que temos nessas temperaturas. andar descalço, esquecer de voltar para casa , comer quando há fome. o frio me prende, me congela. quero a casa aberta e os amigos à mesa. quero que seja verão o ano inteiro.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
***ver de novo***
tô vendo dona flor e seus dois maridos
qdo vc é mais novinho
só vê um lado da história
a folia, a parte engraçada e tal
depois de viver um tanto
e´muito detalhe
nuances da história
e aí vc resolve pagar pau pro jorge amado
"vadinho está morto. é viúva a noite"
***heaven***
Heaven
Smell of you baby, my senses, my senses be praised
Smell of you baby, my senses, my senses be praised
Kissing and running, kissing and running away
Kissing and running, kissing and running away
Senses be praised
Senses be praised
Your my saving grace, saving grace
Nothing will harm you
Nothing will stand in your way
Nothing, Nothing
Nothing will stop you
And nothing will stand in your way
No one will harm you
No one will stand in your way
No one will bar you
Nothing will stand in your way
Nothing
There's nothing
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
***amnésia***
a arte de esquecer solenemente o que não poderia ser esquecido.
tentar lembrar me mata, porque eu sei que eu sabia.
tentar lembrar me mata, porque eu sei que eu sabia.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
***deixe me ir, preciso andar ***
***Tinha marcado um encontrinho ali. O cara não foi.
O lugar lotado, todo mundo dançando, rindo, indo e vindo e outros gerúndios. Ela tava meio deslocada, sensação de não saber o que fazer. achou ridículo acessar a internet pelo celular. Se ainda fumasse, sentaria com olhar perdido, soltando a fumaça lentamente e todo mundo ia achar que ela era cool. A amiga , meio que gritando, "vamoooooooooooooooooosbeeeeeeeeeeeeeebeeeeeeeeer", exagerando a animação. Forçar felicidade é patético. Encostou no bar, cerveja. um cara bem ogro chegou na outra, que ria e jogava a cabeça pra trás, fazendo graça para o bossal. Sim, ele era feio e do tipo que não se pega nem no finalzinho da noite, momento máximo do combo carência e bebedeira. Qual era a dela? Ela olhou, pedindo aprovação, avisando que ia dar uma volta. Uma volta com o bossal.
Ela ficou por ali, brincando com o gelo no copo. Se colocou como observadora de tudo e achou por bem julgar todos. Feio, feio, mais ou menos, eu quero, ai que nojo, casa comigo. Olhava e ria, achou um lugar em si. Bebeu suas fichas e da amiga, que agora beijava o bossal. Saiu dali, o gelo acabou, iam repor. Foi dançar sozinha, tropeçando no que via, em degraus que não haviam. Era como se andasse numa caixinha de música, fosse personagem numa noite estranha. Um mocinho, tão bonitinho, a parou. Uma cantadinha tão boba e já não haviam degraus, bossais e gelo a ser reposto. Ele sorria, contava coisas que ela achava ótimas e tudo era incrível. Era só dar corda, como numa caixinha de música***
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
você é lindo
me leva ali, quero te ver de novo. ali onde eu me apaixonei por você.
foi um dia interessante, eu diria...sair de casa, tomar uns mojitos e voltar com o coração cheio.
a mi me gusta
foi um dia interessante, eu diria...sair de casa, tomar uns mojitos e voltar com o coração cheio.
a mi me gusta
como lidar?
eis que um dia você se encanta com um cara, mas não pode dar moral pra ele, por questões éticas.
ele por acaso tem ética também e não te dá moral.
anos passam, as questões éticas caem.
ele quase morre, você fica sabendo da história pelo jornal.
vocês se encontram na rua, bem do nada. vocês se tornaram vizinhos.
você e sua mente engenhosa criam coisas quando ele inventa uma razão e te pede o telefone.
ele liga.
liga de novo e meio que quer saber do seu estado civil-emocional-comquemvocêsepega.
há charme na conversa e você começa a achar que a sua mente nem foi tão engenhosa assim, foi é visionária.
mensagens são trocadas.menos de cinco dias depois do encontro em que você constatou que: não, ele não morreu;sim, ele mora grudado a você; sim, há inúmeras possibilidades envolvidas...mas esse dia, chuvoso e frio fora de hora, que começou torto, melhorou, entortou, te atrasa na rua e, assim, do nada, te faz virar a rua que você nunca vira.
e lá está o mocinho, parado, encostado no muro com uma cara bem séria. na frente dele uma moça chora, chora, chora. tipo, é o fim de algo e quem tá terminando obviamente é ele. não teve como não dizer oi, dar dois beijinhos e suspender a DR por alguns momentos.
seja honesta: você queria que ele te escrevesse, ligasse, contasse o que foi e qual é. e isso vai acontecer, porque mais uma vez sua cabeça não está sendo engenhosa e sim visionária. como lidar? é muita ansiedade. isso que dá arrumar rolinho nas férias, com a cabeça desocupada e quase nada de importante pra fazer.
ele por acaso tem ética também e não te dá moral.
anos passam, as questões éticas caem.
ele quase morre, você fica sabendo da história pelo jornal.
vocês se encontram na rua, bem do nada. vocês se tornaram vizinhos.
você e sua mente engenhosa criam coisas quando ele inventa uma razão e te pede o telefone.
ele liga.
liga de novo e meio que quer saber do seu estado civil-emocional-comquemvocêsepega.
há charme na conversa e você começa a achar que a sua mente nem foi tão engenhosa assim, foi é visionária.
mensagens são trocadas.menos de cinco dias depois do encontro em que você constatou que: não, ele não morreu;sim, ele mora grudado a você; sim, há inúmeras possibilidades envolvidas...mas esse dia, chuvoso e frio fora de hora, que começou torto, melhorou, entortou, te atrasa na rua e, assim, do nada, te faz virar a rua que você nunca vira.
e lá está o mocinho, parado, encostado no muro com uma cara bem séria. na frente dele uma moça chora, chora, chora. tipo, é o fim de algo e quem tá terminando obviamente é ele. não teve como não dizer oi, dar dois beijinhos e suspender a DR por alguns momentos.
seja honesta: você queria que ele te escrevesse, ligasse, contasse o que foi e qual é. e isso vai acontecer, porque mais uma vez sua cabeça não está sendo engenhosa e sim visionária. como lidar? é muita ansiedade. isso que dá arrumar rolinho nas férias, com a cabeça desocupada e quase nada de importante pra fazer.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
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