eis que um dia você se encanta com um cara, mas não pode dar moral pra ele, por questões éticas.
ele por acaso tem ética também e não te dá moral.
anos passam, as questões éticas caem.
ele quase morre, você fica sabendo da história pelo jornal.
vocês se encontram na rua, bem do nada. vocês se tornaram vizinhos.
você e sua mente engenhosa criam coisas quando ele inventa uma razão e te pede o telefone.
ele liga.
liga de novo e meio que quer saber do seu estado civil-emocional-comquemvocêsepega.
há charme na conversa e você começa a achar que a sua mente nem foi tão engenhosa assim, foi é visionária.
mensagens são trocadas.menos de cinco dias depois do encontro em que você constatou que: não, ele não morreu;sim, ele mora grudado a você; sim, há inúmeras possibilidades envolvidas...mas esse dia, chuvoso e frio fora de hora, que começou torto, melhorou, entortou, te atrasa na rua e, assim, do nada, te faz virar a rua que você nunca vira.
e lá está o mocinho, parado, encostado no muro com uma cara bem séria. na frente dele uma moça chora, chora, chora. tipo, é o fim de algo e quem tá terminando obviamente é ele. não teve como não dizer oi, dar dois beijinhos e suspender a DR por alguns momentos.
seja honesta: você queria que ele te escrevesse, ligasse, contasse o que foi e qual é. e isso vai acontecer, porque mais uma vez sua cabeça não está sendo engenhosa e sim visionária. como lidar? é muita ansiedade. isso que dá arrumar rolinho nas férias, com a cabeça desocupada e quase nada de importante pra fazer.
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