terça-feira, 29 de março de 2011


***Ontem eu tava muito azeda com tudo, mas notei que é bem fácil me adoçar novamente: não precisa "me consolar" dizendo as célebres "vai passar", "não liga"...não precisa falar nada de fato: basta se chegar, estar perto de alguma forma, embarcar nas minhas viagens e me fazer rir. Devagarinho tudo volta a ficar como deveria estar,um coração sereno e sorriso bobo.

Cresci eternamente criança.

Criança é bem assim, tá no auge do choro, aos berros, você vai lá, fala uma besteira, ela ri entre lágrimas e depois esquece que estava chorando, desencana e acha melhor ficar só com a parte de dar risada. Mas também lembra de toda e qualquer promessa feita. Não iluda meu coração de criança, não prometa nada daquilo que não poderá cumprir. Tenho vontades de criança: um doce gelado que não existe; viajar agora, assim, do nada; que o livro não acabe nunca, porque eu terei saudade das personagens quando a história terminar; de dormir num lugar bem macio; que o verão dure pra sempre, mas quando o inevitável inverno chega eu quero colo, cobertor e escutar o vento; gosto do que brilha, do que faz barulho. E se não for assim, nem quero mais.

Quando essa criança que está aqui deixar de me fazer ser quem eu sou, eu parto. Não tem porque continuar sem risada, sem festa, sem brigadeiro, sem raio de sol...***

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