Quando começa o ano, a folhinha muda e a gente acha que um portal mágico se abrirá e tudo mudará também. Não, não muda. Mas dá ânimo pra mudança. Pra ver o que está mais ou menos e querer mudar. Porque o que está errado a gente quer mudar sempre. E o morno? O nem lá nem cá? Ânimo, meus caros.
Aí rezei muito dia 31 de dezembro. Pedi para esquecer algumas coisas e deixar de lado outras. Borrar mágoas. Sorrir diante dos problemas. Rir de mim. Pegar leve mesmo diante de coisas pesadas.
Fiquei num braço do rio que encontrava o mar, deitada ali por muito tempo. A alma lavando enquanto o corpo dourava. E depois cachoeira, pra limpeza profunda, tipo ciclo pesado da máquina de lavar.
E então esperei pelo novo ano sendo uma nova eu diante de algumas coisas. Não foi mágica: foi questão de autoconhecimento, de todo dia ralar um monte pra fazer dar certo. Mesmo. Ser feliz dá trabalho, seria mais fácil se jogar no sofá e reclamar da vida. Achar o fim porque alguém querido não deu atenção. Criar monstrinhos com pensamentos recorrentes. Não, obrigada. Não sei nem chorar direito, fico com uma dor de cabeça horrível de você querer arrancá-la do pescoço e jogar na rua. Mas sorrir eu sei.
E ser feliz é aprendizado. Pode vir qualquer ano novo. Tô aqui.
Um comentário:
"tipo ciclo pesado da máquina de lavar."
Isso me lembrou quando Shakira lançou o CD Laundry Service, exatamente com essa ideia de mudança e purificação. Aí que só você sabe rir mesmo e é um riso tão cativante que sinto até aquela tal inveja, mas na verdade é inveja de tentar sorrir como você e espalhar alegria e alto astral, porque quando eu quero ser baixo astral eu não consigo disfarçar. É bom que você contagia as pessoas para o bem!
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